quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Mordomia

A terra pertence ao Senhor assim como todos os seus frutos. Homens e mulheres foram criados para governar o mundo sob o domínio de Deus, mas o pecado corrompeu esse governo, que se transformou em uma busca ávida e egoísta pela riqueza e em um abuso arrogante das dádivas da criação. Nossa redenção traz consigo um clamor por uma atitude de mordomia em relação àquilo que possuímos e ao uso consciente dos recursos da terra.

Nós usufruímos de nossos bens materias apenas como mordomos, não como proprietários. Rejeitamos o materialismo de nossa era que se assemelha à idolatria, e em vez disso procuramos viver simples e abertamante, compartilhando nossos bens quando surge a necessidade. Também rejeitamos a vil exploração da terra tão dominante em nossos dias, em vez disso esforçamo-nos em trabalhar para o bom uso de suas dádivas, valorizando e tratando-a com amor e respeito.
Qual é a razão da perda de vigor no Cristianismo Ocidental?

“Ao que muito for dado, muito lhe será exigido”

Eu gostaria de fazer: O que sabemos efetivamente sobre a igreja nos Estados Unidos? As regiões são tão diferentes. Na semana passada estive em Ohio. As diferenças entre Mansfield e a cidade de Nova York são enormes. Certas coisas que funcionam em Mansfield eu jamais tentaria em New Jersey. Existe algo irrefutável que podemos afirmar sobre Mansfield e New Jersey no que diz respeito à condição da igreja? Eu creio que há duas coisas; primeiro, o número de pessoas que tem aceitado a Cristo é muito pequeno. De fato, levando em consideração vários fatores, alguns dizem que o índice atual de crescimento de conversão está bem próximo do de vinte anos atrás. Segundo, quer seja em Mansfield ou na grande métrole de Nova York, os Cristãos já não entregam seus dízimos. Apenas 1 a cada 10 identificam-se como evangélicos e dizimistas. Estamos nós, aqueles que são chamados a supervisionar o corpo de Cristo, preparados para por os pingos no is?

Se ousarmos colocar os pingos nos is cada um de nós que lidera precisará fazer sérias considerações quanto a mudanças mais vigorosas no campo do profético. Esse não é exatamente um tempo para se pensar sobre “uma campanha de mordomia”, mais que isso, parece-me que é um tempo para convocar o povo de Deus para sair de seu sono e indiferença e encarar a dura realidade de que temos sido completamente levados pelo espírito do materialismo. Estou sugerindo isso porque temos sido amedrontados pelo presente e grotesco ensinamento da “prosperidade” em muitas igrejas nos Estados Unidos, não deixando de dizer também sobre os escândalos financeiros em organizações evangélicas. Isso, por vezes, nos leva a pensar em nosso interior que “é melhor não mencionar o assunto”. Você tem que admitir que é bastante ruim quando você, assim como eu, acaba se tornando “o responsável pelos dízimos” na Aliança.

Quero convidar a todos os líderes a darem um mergulho no ensinamento de Jesus sobre dinheiro e mordomia. É realmente extraordinária a relação que existe entre o fluir do dinheiro e o que nos aponta o nosso coração. O Sermão do Monte, o maior sermão já pregado e o mais importante manifesto de como realmente viver no Reino de Deus, traz grande consideração sobre dinheiro. No capítulo 6 de Mateus Jesus declara que aquilo que você entesoura revela tudo e a título de prevenção para que não nos esqueçamos da simplicidade e daquilo que Ele quer dizer, Ele acrescenta – “Você não pode servir a Deus e dinheiro.” Constantemente Jesus explicita ou implicitamente declara que segui-lo significa uma mudança imedíata no modo como nos relacionamos com o dinheiro. Quer seja através da viúva que deposita suas últimas moedas, ou de Zaqueu que doa metade de tudo aquilo que possui, ou do Jovem Rico que é mandado embora do Reino porque não querer vender tudo o que tem para sequir Jesus o que está claro é que se seguirmos a trilha do dinheiro, ela nos conduzirá à verdade sobre uma pessoa.

Não há um lugar que eu saiba nas Escrituras onde a conecção entre o poder espiritual e como alguém deve lidar com o dinheiro esteja mais claro do que na parábola de Lucas 16 sobre o administrador infiel. Primeiro, preciso dizer que está é uma parábola estranha . Ás vezes acho que Jesus usa o sobrenatural para deixarmos de lado nossa mente racional a fim de criar uma caminho mais curto até nosso coração. Na história um rapaz é elogiado por sua astúcia, embora os negócios que fizesse no interesse de seu senhor o levassem a perder dinheiro. Em outras palavras, é o que Jesus diz via comentário da história. 10“Quem é fiel no pouco é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Na minha forma de compreensão parece-me que Jesus está estabelecendo um paralelo sobre como nós lidamos com o dinheiro e a nossa confiabilidade para lidarmos com a “verdadeira riqueza”. (“As verdadeiras riquezas do céu”) O que vem a ser isso? Se somente a fé agrada a Deus e a maneira principal pela qual o povo de Deus expressa sua fé é como ele lida com suas riquezas, então não significaria isso que deve haver uma ligação entre o nível patético do índice de dizimistas atuais no Cristianismo Evangélico Americano e a falta de vigor e eficiência espiritual?

Não é isso o que Jesus está ensinando? Deuteronômio 14 sugere que o propósito do dízimo é de que aprendamos a honrar ao Senhor. Deixe-me dizer um pouco mais: a razão para o dízimo é que quando sacrificamos dez por cento de nossos ganhos podemos aprender o que quase nada mais pode nos ensinar: que a nossa fonte real de provisão é o próprio DEUS. Para uma cultura levada pelas ondas do comercialismo como a nossa o perigo de gastarmos além de nossos recursos está sempre presente. A possibilidade de se endividarem a ponto de não serem capazes de doar como deveríam é uma ameaça constante aos Cristãos que vivem em uma cultura onde possuir bens é o nome do jogo. Mas ainda mais amedrontador que uma dessas possibilidades é a perspectiva de que Deus tiraria sua presença manifesta da igreja e nos deixaria sós na tentativa de edificarmos o reino com os recursos irrisórios que temos quando não nos entregamos e confiamos nEle verdadeiramente.

Bem, esta é a forma como vejo essa questão. O que se tornou a norma no Evangelismo Americano é um entendimento de lealdade que não considera mais o sacrifício como parte necessária do seguir a Jesus. 1 a cada 10 Cristãos acredita que Deus pode suprir todas as suas necessidades. Isso significa que não importa o que aqueles 90% escolham, com o dinheiro deles o que dizem realmente é “ não acreditamos que Deus proverá.” Isso parece um problema muito grande para você? Há bem diante de nossos olhos uma prova estatística e confiável de que uma vasta maioria de Cristãos não confia em Deus o bastante para ser obediente quando o assunto é dinheiro. Ajuda-nos Senhor, por favor envia uma voz profética de pregadores comprometidos contigo para nos chamar de volta à verdade antes que nossa geração faça dissipar o privilégio da mordomia.

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